terça-feira, 29 de novembro de 2011

AS BORBOLETAS VOLTARAM


Gracinda Calado

As borboletas voltaram para a dança nupcial,
Encontram seus lugares, seus parceiros,
Seus amores, sugam inteiro o roseiral.
Batem as asas, voam cobrindo o milharal.


Voam as borboletas, voam, vêem ao meu jardim!
Aqui terão o que guardei: meu amor sem igual.
Rodopiam no espaço, aqui, ali, e acolá,
Ficam fartas de desejos e de mil beijos,


Na alcova do jardim em pleno mês de abril.
Borboletas incandescentes, pequeninas,
Asas cheias de luz reluzente no infinito,
Pares perfeitos de amores e de cores.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O ARCOIRIS DE JANEIRO


Gracinda Calado

Depois da chuva o arco Iris!

No horizonte, por cima das serranias, juntinho do céu, avistava-se o arco Iris. Um verdadeiro festival de cores brilhava no céu encantando a todos que passavam por ali. O sol parecia sair de trás dos montes, era o sinal que a chuva ia embora para longe. O espetáculo se apresentava em várias cores e a mata virgem das florestas enfeitava os caminhos e as íngremes estradas.

A cor do amarelo ouro enfeitava a mata, parecia o sol caindo em distancia infinita em busca do horizonte vasto. O azul confundia-se com o azul do céu em várias cintilações, como as asas das borboletas e das araras que voavam de galho em galho. A cor lilás, o alaranjado, o branco pérola, o carmim, traziam paz para o lugar onde a saudade se avizinhava de outras cores. A mistura inconfundível resplandecia numa magia louca, deixando em nosso peito saudades eternas que a cada hora se multiplicavam naquele lugar.
A beleza natural, o perfume do mato e das flores, o canto dos pássaros, ornamentavam o arco íris num fenômeno espetacular e único! Aos poucos o arco íris foi embora sugando toda a água da chuva e o lugar ficou sombrio e triste.
Meu coração ficou apertado de tanta emoção, enquanto outros se despediam do lugar. O dia estava findo, o céu sereno vestia-se de luto na despedida do sol.
A serração destilava suas primeiras gotas e logo tudo se transformou em névoa fria.
A noite chegou e com ela a solidão do lugar. Amanhã nascerá outro dia e novamente o sol brilhará!

O ARCOIRIS DE JANEIRO

Gracinda Calado

Depois da chuva o arco Iris!
No horizonte, por cima das serranias, juntinho do céu, avistava-se o arco Iris. Um verdadeiro festival de cores brilhava no céu encantando a todos que passavam por ali. O sol parecia sair de trás dos montes, era o sinal que a chuva ia embora para longe. O espetáculo se apresentava em várias cores e a mata virgem das florestas enfeitava os caminhos e as íngremes estradas.
A cor do amarelo ouro enfeitava a mata, parecia o sol caindo em distancia infinita em busca do horizonte vasto. O azul confundia-se com o azul do céu em várias cintilações, como as asas das borboletas e das araras que voavam de galho em galho. A cor lilás, o alaranjado, o branco pérola, o carmim, traziam paz para o lugar onde a saudade se avizinhava de outras cores. A mistura inconfundível resplandecia numa magia louca, deixando em nosso peito saudades eternas que a cada hora se multiplicavam naquele lugar.
A beleza natural, o perfume do mato e das flores, o canto dos pássaros, ornamentavam o arco íris num fenômeno espetacular e único! Aos poucos o arco íris foi embora sugando toda a água da chuva e o lugar ficou sombrio e triste.
Meu coração ficou apertado de tanta emoção, enquanto outros se despediam do lugar. O dia estava findo, o céu sereno vestia-se de luto na despedida do sol.
A serração destilava suas primeiras gotas e logo tudo se transformou em névoa fria.
A noite chegou e com ela a solidão do lugar. Amanhã nascerá outro dia e novamente o sol brilhará!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A COR MARRON


Gracinda Calado
Que seria do branco se não fosse o marrom com suas nuances claras e escuras trazidas pelo calor e a luz do sol!
Nos desertos as cordilheiras de areias de tonalidades variadas de marrom se misturam ao branco da areia e ao ouro do sol.
Nas grandes matas tropicais e florestas densas, animais de grandes portes de pele escura ou plumagens cor da terra desfilam suas belezas à luz do solstício confundem-se com plantas que nos dão seus frutos deliciosos.
O chocolate que consumimos extraídos do cacau, alimento exótico, sensual da cor de nossa pele morena.
No solo forte onde tiramos o barro escuro, jorra água límpida que mata a sede e serve de alimento para revigorar as energias perdidas e vitalizar nossas células.
No chão, folhas secas caídas ao solo voam ao sopro do vento, exibem o seu brilho natural e mais tarde se transformam em adubo para alimentar as plantas que nos dão seus frutos.
A pele macia e sedosa das mulatas que causa inveja a muitos estrangeiros, cuja mistura de raça, herança de nossos ancestrais originou a nossa cor. Nos músculos fortes e rígidos dos mulatos o cenário emoldurado dos trabalhadores da negra etnia de nossa brasilidade.
As árvores que exalam perfumes de suas flores escuras, sucos e chás nos servem de remédio e calmante como a ‘canela’, planta trazida da África para nossa flora tropical. Além de tudo as árvores que nos dão seus caules marrons de todos os tons, servem na fabricação dos móveis e de construção de casas e fortes habitações.
A cor marrom, da cor da terra que pisamos e dela tiramos o nosso sustento, um dia servirá de sepultura e guardará para sempre nossos corpos.

HOJE É DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

(ESTE TEXTO FOI APRESENTADO NO DIA DA CONCIÊNCIA NEGRA DO ANO PASSADO)

AUTORA: GRACINDA CALADO

Hoje é o dia da Consciência negra.
O que se tem feito para acabar com o preconceito entre raças?
O que observamos no dia a dia, é uma especulação boba a respeito da cor da pele.
Somos todos negros, brancos, amarelos, indios, somos todos brasileiros, amamentados nas tetas pretas de nossas babás ou nos peitos brancos de nossas mães.
O nosso sangue é violeta, a raça é brasinegra, e a nossa pele é canela ou amarela, morena, perfumada, uma mistura multicor que em nenhuma terra tem.
Nossos irmãos comemoram hoje e sempre, aquilo que eles defendem: respeito e os direitos de viverem em paz com todos.
A liberdade de ir e vir sem ter que pedir licença a ninguém; livres como a lei áurea.
Se a pele é negra, a alma é branca, isso é o que interessa.
Depois da vida, a morte iguala a todos na sepultura.
Bendita a negra me me alimentou!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

DE CORPO E ALMA


Gracinda Calado

Abra sua alma e deixe que a luz que emana do seu interior brilhe e espalhe seus raios sobre todos que estão nas trevas.
Comece ainda hoje, a sentir o que fala o seu coração e ouça a voz do silencio que grita alto em seus ouvidos.
Receba o calor que emana do seu próximo e das pessoas que lhe amam.
Saiba dar e receber sem nada exigir, agradeça e proporcione momentos de alegria àqueles que sofrem, sem ter a quem socorrer.
Distribua com seus gestos, carinho e amor, e esse sentimento lhe envolverá de bênçãos e paz.
Navegue no oceano dos mistérios da vida, onde nossa inteligência não chega, pois somos pequenos aos mistérios de Deus.
Ascenda o fogo do amor nos corações, para que sua chama queime de paixão.
No oásis da vida espalhe água viva, para matar a sede que nasce no deserto da solidão.
Viva na harmonia dos anjos, suba aos patamares mais altos da tolerância e da justiça.
Sorria sempre na transparência de seus projetos traçados com perfeição e otimismo.
Use sua criatividade para fugir do mal que assola o chão que pisamos todos os dias.
Filie-se ao bem, para que sua riqueza seja repleta dos tesouros do céu.
Cante um canto novo de glórias ao nosso Deus Criador!

domingo, 13 de novembro de 2011

POEMA DO AMOR INFINITO


GRACINDA CALADO


Você sempre viveu em minha vida e,


Como uma sinfonia me cobria de cores
E me enfeitava de flores.


Você sempre fez parte da minha vida,


Ajudando-me a viver um amor intenso,


Amor que salva e enobrece a alma.


Você me fez sentir o frescor das manhãs,


O calor do sol em dias de alegria,


O fogo do amor em noites de encanto

Você me fez ser sua alma gêmea


E  sentir o ardor de seus desejos,


Guardados no sacrário de seu coração.


Você trouxe-me a paz e a confusão,


A alegria e a solidão dos apaixonados,


Trouxe-me também o fel e o mel.


Você, meu amor infinito, verdadeiro,


Poema de meu coração, sinfonia de luz,


Razão da minha própria existência!





sexta-feira, 11 de novembro de 2011

UM PINGO DÁGUA


GRACINDA CALADO

Um pingo de água que cai é como a gota de orvalho
Nas pétalas macias de uma rosa.

Um pingo de água que escorre da boca entreaberta
De uma mulher, é bálsamo divino dos deuses.

Um pingo de água que escorre das mãos calejadas de uma mãe,
É remédio e alivio a um coração!
Um pingo de água que brota da terra é rio caudaloso
Que jorra em busca do mar e do seu destino!

Um pingo de água que cai da chuva fresca,
Nas noites quentes de verão, sacia a sede de esperar.
Um pingo de água que explode em meu coração cura as feridas
E as dores de um amor perdido na escuridão.

Um pingo de água sacia a sede de um desejo, de uma emoção!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

VENTO QUE SEPARA A GENTE

VENTO QUE SEPARA A GENTE


Gracinda Calado

Há um vento que separa a gente,
Separa meu barco e o teu.
O vento de lá sopra para ir,
E o vento de cá sopra pra vir,
Que vontade de pegar os teus cabelos,
Que vontade de soltar meus cabelos...
Para o vento balançar e te alcançar.
Que vontade de fazer o vento parar,
Unir meu barco e o teu, até singrar,
Reviveremos no mar as nossas fantasias.


Quem trouxe o meu barco pro lado de cá?
Quem levou o teu barco pro lado de lá?
Será que nossos barcos não vão se encontrar?
Vento que sopra lá poderá voltar, poderá ficar,
Poderá parar, poderá singrar os barcos no mar.
Vento que sopra cá poderá chegar ao teu lugar,
Poderá deixar de um dia te procurar no mar...