segunda-feira, 30 de março de 2009

EU QUERIA SER UM PÁSSARO


Eu queria ser um pássaro
Gracinda Calado

Queria eu ser um pássaro com grandes asas azuis, eu voaria aos céus para falar com os anjos e nas estrelas faria meus ninhos.
Desceria até as nuvens e de lá avistaria a terra quase toda coberta de águas cristalinas.
No imenso espelho das águas pousaria e lavaria minhas asas depois as secaria ao sol.

Pássaro que foge ligeiro das intempéries dos ventos e dos raios; cansado de voar, pousaria no chão verde das florestas tropicais!
Se eu fosse um pássaro te levaria comigo ao pico mais alto das montanhas ensolaradas para cobrir-te da graça de te fazer feliz e juntos construiríamos ninhos de plumas douradas e todas as vezes que os raios de sol aparecessem o brilho beijaria teu sorriso!

Se eu fosse um pássaro voaria da minha janela para a liberdade!
Se eu fosse um pássaro convocaria todas as aves do céu para levarmos a justiça e a misericórdia aos corações magoados e sofridos, juntos faríamos uma grande corrente de amor.
O amor que mora nos páramos dos corações que sabem como os pássaros alçarem vôos altos em todos os momentos de suas vidas.
Que o vôo do pássaro traga um raminho verde como símbolo da esperança e da fartura que há na terra e nos corações onde impera a paz e o amor.

NA FUMAÇA DO CIGARRO


NA FUMAÇA DO CIGARRO

(NÃO SOU A FAVOR DO VICIO, NÃO FUMO)

Gracinda Calado

Acendo um cigarro e te vejo, enquanto o fogo queima a fumaça azul que sobe aos céus.
Penso em ti. Onde andarás agora?
Vejo na fumaça tua imagem linda e verdadeira, como eu te conheci pela primeira vez.
Enquanto fumo e o vento leva toda fumaça, vejo teu olhar a me dizer coisas de amor e o silencio evoca lembranças na transparência da combustão azul.
Dou uma tragada como se pudesse sugar tua alma para mim.
Vejo na fumaça tua voz serena e calma entrando em meus ouvidos como fogo ardente.
Em meus sentidos tudo é ilusão e fantasia ao sentir o cheiro da fumaça do cigarro que se transformará em cinzas como o nosso amor.
Palavras são ditas e os sonhos são desfeitos, amargos como a nicotina que restou de um cigarro apagado.
Na dança da fumaça vejo o teu vulto que se vai lentamente com o vento, levado para o infinito.
Acendo outro cigarro e durmo embalado pelo calor do vício de um cigarro acabado.

domingo, 29 de março de 2009

NA FUMAÇA DO CIGARRO

Na fumaça do cigarro

(ficção o que se segue, não sou defensora do vicio, pois não fumo.)

Gracinda Calado

Acendo um cigarro e te vejo, enquanto o fogo queima a fumaça azul que sobe aos céus.
Penso em ti. Onde andarás agora?
Vejo na fumaça tua imagem linda e verdadeira, como eu te conheci pela primeira vez.
Enquanto fumo e o vento leva toda fumaça, vejo teu olhar a me dizer coisas de amor e o silencio evoca lembranças na transparência da combustão azul.
Dou uma tragada como se pudesse sugar tua alma para mim.
Vejo na fumaça tua voz serena e calma entrando em meus ouvidos como fogo ardente.
Em meus sentidos tudo é ilusão e fantasia ao sentir o cheiro da fumaça do cigarro que se transformará em cinzas como o nosso amor.
Palavras são ditas e os sonhos são desfeitos, amargos como a nicotina que restou de um cigarro apagado.
Na dança da fumaça vejo o teu vulto que se vai lentamente com o vento, levado para o infinito.
Acendo outro cigarro e durmo embalado pelo calor do vício de um cigarro acabado.

NA FUMAÇA DO CIGARRO



Na fumaça do cigarro

Gracinda Calado

Acendo um cigarro e te vejo, enquanto o fogo queima a fumaça azul que sobe aos céus.
Penso em ti. Onde andarás agora?
Vejo na fumaça tua imagem linda e verdadeira, como eu te conheci pela primeira vez.
Enquanto fumo e o vento leva toda fumaça, vejo teu olhar a me dizer coisas de amor e o silencio evoca lembranças na transparência da combustão azul.
Dou uma tragada como se pudesse sugar tua alma para mim.
Vejo na fumaça tua voz serena e calma entrando em meus ouvidos como fogo ardente.
Em meus sentidos tudo é ilusão e fantasia ao sentir o cheiro da fumaça do cigarro que se transformará em cinzas como o nosso amor.
Palavras são ditas e os sonhos são desfeitos, amargos como a nicotina que restou de um cigarro apagado.
Na dança da fumaça vejo o teu vulto que se vai lentamente com o vento, levado para o infinito.
Acendo outro cigarro e durmo embalado pelo calor do vício de um cigarro acabado.

(gostaria de dizer que não defendo o vicio de fumar, pois não fumo, o que aparece é apenas ficção).

sexta-feira, 27 de março de 2009

UM NOVO OLHAR DENTRO DE MIM




UM NOVO OLHAR DENTRO DE MIM
(Uma prosa em versos)
Gracinda Calado

Admirar-se do que é diferente é natural.
Admirar-se do que é normal é criativo, divinal!
O que seria do branco se não fosse o negro,
O que seria do negro se não fosse o branco!

No sopé da montanha eu vejo Deus,
No alto da colina eu sinto Deus,
Quando vejo a água que corre fria no regaço,
Minha alma treme de espanto, matando minha sede.

Das plantas que cultivo tiro o alimento que mata minha fome.
Quem inventou tão grande feito?
Na cadeia de montanhas fito o sol que se derrama todo,
Enquanto a noite não chega, misteriosa e em silencio.

Admiro-me do mar que não se cansa de dançar em suas ondas,
Nas ondas que vão e veem vejo a grandiosidade da natureza.
Um novo olhar em meu ser mergulha no meu interior,
Ao mesmo tempo em que admiro a criação do céu.

Nas grandes cordilheiras a majestade da criação,
Toca o céu azul e namora as nuvens esparsas.
O homem vai à lua, isso é vulgar em relação a quem fez o luar,
Um novo olhar em mim, surge quando vejo tudo ao meu redor.Para tudo uma explicação mágica e sábia da criatura e do criador!

domingo, 22 de março de 2009

ABRA SEU CORAÇÃO


ABRA SEU CORAÇÃO
Gracinda Calado

Abra seu coração e deixe sua alma falar.
Veja ao seu redor o mundo que espera por uma palavra de consolo e de alegria.
Sorria e encha de felicidade os corações vazios.

A grandiosidade de cada um se afirma na humildade na gentileza e no amor.
É no amor que encontramos a verdadeira paz.
A paz que transborda dos corações amantes.

Depois de uma noite de tempestades o sol nasce lindo e brilhante.
Nunca deixe transparecer o amargo fel de suas desilusões, pois elas podem atingir aos que sofrem calados.

Abra seu coração ao amor e à justiça. Os corações justos são espelhos do céu.
Chore, mas nunca se derrame em lágrimas, pois elas podem embotar o seu olhar lindo de esperanças.

Enquanto há vida, há oportunidade de recomeço num futuro melhor.
Viver é uma dádiva de Deus para nosso deleite e nosso prazer de ver a vida, que é bela!
Abra seu coração e se deixe embalar pela esperança e a crença, que um dia uniremos nossa alma aos anjos do céu.
Juntos, cantaremos as glórias da paz eterna de Deus!

quarta-feira, 18 de março de 2009

MORRE CLODOVIL


MORRE CLODOVIL
Gracinda Calado

Fui surpreendida pela notícia da morte de Clodovil Hernandes.
O Brasil inteiro conhece Clodovil como pessoa de temperamento forte, corajoso, não tem medo de dizer a verdade ou denunciar algo ou alguém.
Particularmente para mim, ele era único.
Inteligente, fino, culto, falava francês e inglês muito bem, estudou na Suíça em colégio interno e de lá trouxe o ranço da revolta, do imediatismo; sem convivência familiar, amargurou os dias de internato sozinho como um carneirinho rejeitado, enquanto não lhe faltava roupas finas italianas, sapatos franceses, camisas americanas, bons perfumes e mais alguma coisa que faz jus ao luxo de um rapaz rico estudando na Europa.
Descobriu o talento de desenhar, falar bem em público, bom vocabulário, linguagem invejável entre os que faziam o seu meio social.
Clodovil foi um dos maiores comunicadores do país, fui sua espectadora e admiradora pela facilidade que ele tinha de comunicar a todos e a todas as camadas sociais com sua criatividade na arte, na pintura, no desenho, na alta costura, até na culinária apresentada em seus programas. Como estilista era inimitável.
Pecou socialmente para muitos por ter se definido homossexual, coisa que não dava para esconder nem ser hipócrita negar para todos os seus admiradores e admiradoras que eram muitas. A sinceridade e a confiança que ele tinha nas pessoas que o amavam eram grandes e por isso o respeitavam.
Clodovil disse nunca ter tido uma grande paixão, ter amado muito, porém muitos o amavam mesmo de longe pelo seu carisma e pelo homem que era de verdade no seu interior; respeitava as mulheres principalmente as mais idosas e as crianças.
Deixa-nos um legado de sabedoria gravado nos programas de TV que ele participou durante décadas. Também na sua arte, e finalmente na Câmara dos deputados onde foi eleito como um dos mais votados deputados de São Paulo.
Obrigada Clodovil Hernandes!

JULGAMENTO

JULGAMENTO

Gracinda Calado


Julgar é agredir alguém no mais intimo do ser humano.
Nosso ser misterioso e divino é campo minado onde habita Deus e só Ele pode fazer uso
de suas atribuições para julgar o que se passa no seu interior.

Somos corpo e somos alma espiritual, sujeitos a errar e também a perdoar e ser perdoados enquanto a nossa fé crer que a misericórdia divina é perfeição infalível.

Os homens não são designados pelo Criador para serem defensores daquilo que só a Deus pertence e a nós Ele age com a sabedoria infinita.
O que fazemos ou deixamos de fazer somos responsáveis pelos nossos atos e o nosso interior só a Deus pertence o julgamento.

Fico pensando a situação daquela criança que aos nove anos carregava no seio dois filhos do abuso sexual que incidentemente ou acidentalmente se transformou em um fardo pesado para ela que não sabia o que dentro de si se passava.

Ela só de bonecas e brinquedos entendia, como iria dar à luz nas trevas do desconhecimento de gerar filhos para o mundo, arriscando a sua própria vida?
Os médicos não julgaram, defenderam a vida que corria risco e fizeram o que a medicina aconselhava.
Que Deus julgue, pois nós não somos sabedores de julgar caso tão delicado como este.

ESTAREI EM SUAS LEMBRANÇAS


ESTAREI EM SUAS LEMBRANÇAS
Gracinda Calado

(Pode ser lido de baixo para cima).

Enquanto você me guardar,
Estarei sempre em suas lembranças.
Viverei sempre em seus pensamentos,
Enquanto você me guardar.

Enquanto você me guardar,
Estarei no murmúrio do vento,
Estarei no perfume das flores,
Estarei no azul do firmamento.

Tocarei você com a luz da lua,
Com o brilho das mil estrelas,
Dançarei para você na noite nua,
Beijarei seus lábios com sede de amar.

Enquanto você me guardar,
Você será o meu lindo cantar
Nunca deixarei você sozinha,
Enquanto você me guardar.
(Direitos reservados)

segunda-feira, 16 de março de 2009

PRECISO FICAR SÓ


PRECISO FICAR SÓ
Gracinda Calado

Preciso ficar só na minha companhia.
Preciso ouvir a voz do meu coração,
Falar com ele, me abrir com ele,
Deixar cair as amarras da solidão.

Preciso ficar só comigo mesma,
Sentir que no meu interior tem vida,
Vida vivida de maneira egoísta e erma.

Preciso de mim mesma para descobrir
A força do amor que mora em meu peito,
Este amor triste, desconfiado, sem jeito.

Preciso ficar só, alçar vôos mais altos,
Chegar aos céus com minhas próprias asas,
Andar com os meus próprios pés no chão,
Deixar cair a máscara que cobre a decepção...

Preciso ficar só com meu pensamento,
Sentir a força do vento em meu corpo frio,
Beber na fonte do amor o meu alimento,
A essência da minha longa existência.

quinta-feira, 12 de março de 2009

A FOME


A FOME
Gracinda Calado

A maior doença do homem é a fome.
Ela humilha, deixa o homem igual aos vermes do lixo.

Quantas vezes vemos na televisão rostos esquálidos, desfigurados, braços magros, corpos sem vida sem animo para andar; lábios sem abrir um sorriso, olhos inchados de chorar e não dormir com vontade de um pedaço de pão para matar a sua fome ou de seus filhos.

Presenciamos muitas vezes nas feiras da cidade, restos de frutas e verduras que são jogadas aos cães; sobras de carne ardidas e mal passadas nas valas dos lixões e devoradas pelos pobres, miseráveis que arrastam os restos como iguarias de primeira.

Crianças que se jogam dentro dos tambores do lixo dos supermercados, à procura de um pedaço de pão ou de um biscoito. Crianças que choram a falta de um copo de leite quando amanhece o dia.

Mulheres que amamentam seus filhos nos seus seios murchos sem nada para lhes oferecer. Muitas vezes elas choram e se desesperam com tal situação.

Muitas vezes crianças abrem os lixos ricos dos barões á procura de um sapato ou chinelo de borracha para forrar seus pés.

Miséria, muita miséria, é o que vemos toda hora na nossa cidade e em todos os lugares do mundo.
O homem está morrendo de fome, doença que só cura com alimento, sem ele não escapa ninguém.

Quanto mais vemos casos como estes, em nossas casas as sobras de comida são jogadas fora, não se destinam a quem precisa.
O estrago é total, sem piedade, sem alma.

Sobras de alimentos são jogadas no lixo sem piedade, que dariam para alimentar uma família.
A fome mata e maltrata.
O homem com fome, não tem dignidade.

quarta-feira, 11 de março de 2009

QUANDO A NOITE CAI


QUANDO A NOITE CAI

Gracinda Calado

Tudo fica calmo quando a noite chega com os últimos raios do sol por sobre os montes serpenteando a cordilheira.
Um ponto luminoso se avista ao longe se despedindo da terra, o sol.
Anoitece na minha cidade e nela muitos adormecem e sonham com belos “amanheceres”.
Nos seus sonhos mil fantasias, mil alegrias enfeitam seus “ sonhares”.
Nos becos e nas vielas acontecimentos estranhos, encontros e desencontros acontecem marcando a solidão da noite escura.
Nos salões suntuosos luzes se ascendem esbanjando “festejares” solenes.
Desfilam entre sedas e cetins mulheres lindas enfeitadas de cores e de brilhos, simulando uma felicidade falsa e passageira.
Nas ruas e nos botecos, homens procuram alento num copo de vinho ou de cerveja para esquecerem as desilusões de um grande amor do passado ou de um novo e furtivo caso amoroso.
Sinais de encantamento no crepitar das luzes emocionam os transeuntes noturnos nas praças e nas ruas principais da cidade.
Um coração chora a falta de uma boa companhia na noite que tem tudo para ser feliz.
Uma canção se ouve ao longe para amenizar a solidão de alguém que ama a noite e faz dela seu momento preferido.
Quando a noite cai, muitos corações caem com ela na depressão do dia exaustivo que passou na esperança de que a noite traga alento para suas frustrações.
Poetas e apaixonados pela vida aproveitam para saborear os versos e os reversos da inspiração noturna que se faz presente em seus corações.

sábado, 7 de março de 2009

VEJO DEUS




VEJO DEUS
Gracinda Calado

Numa folha que cai e é levada ao vento,
Na força do meu pensamento.
No murmúrio das águas cristalinas,
No brilho das cores purpurinas.
No cantar dos passarinhos,
Na perfeição de seus ninhos.
Nas flores que brotam no rochedo,
Nos pássaros que cantam no arvoredo.
Na amplidão do infinito,
No teu sorriso bonito.
Na música suave dos pardais,
Nas belas árvores dos quintais
Na água que cai dos temporais,
Nos tristes verdes madrigais.
No olhar sereno de um ancião,
Nos olhos tristes de um irmão,

No caminhar lento dos velhos,
No tremor de suas mãos
No beijo sincero de um pai,
No sorriso de uma mãe,
No abraço de um filho,
No carinho de um irmão.
.

Vejo Deus no teu sorriso,
Que me leva ao paraíso.
Vejo Deus na melodia,
Vejo Deus na alegria,
Vejo Deus na luz do dia
Vejo Deus na fantasia.
No sol que aquece a vida
Na lua que nasce atrevida
Nas noites que embalam meu sono,
Em místico e suave abandono.

quarta-feira, 4 de março de 2009

REFLEXO

A FACE DO ESPELHO ( REFLEXO)

Gracinda Calado

A face do espelho é uma face nua e crua.
Ele reflete minhas fantasias, as alegrias, as tristezas do dia a dia.
A face do espelho me diz tudo que eu preciso saber e ninguém tem coragem de falar.
Dias após dias a ele me entrego mirando minha pele macia e os olhos de minha alma.
Hoje ele me fala de sinais de experiência e sabedoria, nas linhas curvas de meu rosto.
.
Anos após anos de tanta convivência meu rosto foi marcado no espelho e somente agora ele reflete minha verdadeira cara.
A face verdadeira de meu rosto.
A face nova do espelho não é a face de um rosto novo.
É o retrato pintado de um coração vivente, sensível, cheio de cicatrizes e de calos que a vida enfeitou com suas lembranças e suas saudades, e o olhar perdido das recordações antigas.
A face do espelho é a verdadeira face que um dia não me reconhecerá pelas linhas sombrias de meu rosto.

domingo, 1 de março de 2009

A COR MARROM


A COR MARROM
Gracinda Calado

Que seria do branco se não fosse o marrom com suas nuances claras e escuras trazidas pelo calor e a luz do sol!
Nos desertos as cordilheiras de areias de tonalidades variadas de marrom se misturam ao branco da areia e ao ouro do sol.
Nas grandes matas tropicais e florestas densas, animais de grandes portes de pele escura ou plumagens cor da terra desfilam suas belezas à luz do solístico confundem-se com plantas que nos dão seus frutos deliciosos.
O chocolate que consumimos extraídos do cacau, alimento exótico, sensual da cor de nossa pele morena.
No solo forte onde tiramos o barro escuro, jorra água límpida que mata a sede e serve de alimento para revigorar as energias perdidas e vitalizar nossas células.
No chão, folhas secas caídas ao solo voam ao sopro do vento, exibem o seu brilho natural e mais tarde se transformam em adubo para alimentar as plantas que nos dão seus frutos.
A pele macia e sedosa das mulatas que causa inveja a muitos estrangeiros, cuja mistura de raça, herança de nossos ancestrais originou a nossa cor. Nos músculos fortes e rígidos dos mulatos o cenário emoldurado dos trabalhadores da negra etnia de nossa brasilidade.
As árvores que exalam perfumes de suas flores escuras, sucos e chás nos servem de remédio e calmante como a ‘canela’, planta trazida da África para nossa flora tropical. Além de tudo as árvores que nos dão seus caules marrons de todos os tons, servem na fabricação dos móveis e de construção de casas e fortes habitações.
A cor marrom, da cor da terra que pisamos e dela tiramos o nosso sustento, um dia servirá de sepultura e guardará para sempre nossos corpos.