sábado, 29 de novembro de 2008

BATURITÉ


BATURITÉ

Gracinda Calado

Cidade que recebe as delícias da natureza, encravada que é ao sopé das serras que formam o maciço do mesmo nome. Também conhecida como serra verdadeira, capital do Maciço de Baturité.
Cidade sesquicentenária onde dormem histórias e pessoas que fizeram parte de sua vida.
Em suas ruas homens e mulheres viveram sonhos embalados pelo frescor de seu clima, pelo cheiro do café, pelo manancial de suas águas.
No seu coração o imenso amor de seus filhos até hoje pulsa forte e transborda em todos os cantos da terra por onde andam...
O seu céu é um manto estrelado azul, como o manto de sua padroeira, nossa Senhora da Palma, festejada com muita fé, no dia 15 de Agosto.
Seus filhos e filhas nasceram no berço da religiosidade onde se ouve sempre os sinos seculares a chamar os fiéis para as orações.
Cidade dos guias espirituais católicos, padres jesuítas que vieram para catequizar os canindés e os genipapos, índios excluídos de seus convívios pelos vendavais de sua história. Padres e irmãs salesianos que trouxeram a cultura e a civilização formal, aliando-se ao seu povo bom e hospitaleiro.
Cidade das flores e dos casarões seculares, a mostrar toda hora a história do seu povo, que em todas as ocasiões defendeu politicamente o seu torrão.
Cidade dos bravos plantadores de café, lavradores e desbravadores dos lugares mais íngremes da região serrana.
Cidade de nossos pais e avós, antepassados que fizeram parte, como personagens de sua e nossa história.
Cidade de nossos amores e de nossas lembranças eternas.

BATURITÉ

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

LEMBRO-ME DE TI


LEMBRO-ME DE TI
Gracinda Calado



Quando tudo escurece, lembro-me de ti.
Uma esperança enorme brota em meu coração cansado de esperar.
Minhas forças voltam como uma dádiva do céu, a dominar meus músculos.
Todo o meu ser se fortalece alimentado pela esperança de te encontrar.
O que é a vida sem almejar um tempo de vitórias?
Jamais me sentirei caído e fraco, sempre terei a esperança de dias melhores em minha vida. Esperarei naquele que me fortalece e me anima.
Esperarei naquele que segue os meus passos e me sustenta para eu não fraquejar.
Que os meus dias sejam de calmaria e paz no percurso de minha jornada, e as minhas noites sejam de contemplação junto a Ti; e que a paz venturosa do teu grande amor cubra-me com tua luz divina e a tua graça plena, ó meu Jesus!

terça-feira, 25 de novembro de 2008




CANÇÃO PARA ANTONIÊTA
Gracinda Calado

Em um grande vôo subiste para o céu!
Teus pés não alcançam mais o chão que tu pisaste em toda a tua vida.
Teu corpo não sente mais as impurezas da carne fétida.
Teu olhar se transformou em luz divina e teu sorriso em divinal pureza.
Sinto teu abraço apertado cheio de amor e luz.
Resplandece em ti a graça de Deus e o véu do universo em festa se abre para te receber.
As mãos de Deus se abrem para abraçar-te e envolver-te em esplendida eternidade.
Divino é teu sorriso cheio de esperança e muita paz!
O teu amor é maior que o vento que cobre o universo inteiro.
Já não vives comigo, mas existes para me proteger e eu viverei para sempre para te amar, minha mãe!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ENCANTAMENTO


ENCANTAMENTO

Gracinda Calado


É noite.
Na solidão do espaço vários pontos luminosos se movimentam como pedras de cristal.
O véu da noite desce como um grande manto azulado cheio de estrelas que piscam sem parar.
Um aglomerado de corpos multicores dança no espaço sideral, enquanto o firmamento exibe a calmaria da imensidão do espaço e a grandeza majestosa de sua beleza!
Nossos olhos não conseguem apreciar a ‘olhos nus’ o que acontece no infinito.

Grandes instrumentos e telescópios povoam e circulam galáxias imensas para ajudar ao homem a observar os mistérios da criação.
O que Deus tem preparado para nós, somente o coração sentirá a magnitude de tanta beleza!
De longe podemos imaginar os astros e os planetas que nos cercam formando o universo em que vivemos.
Grandes e insondáveis segredos se escondem diante de nossos olhos.
A natureza rende-se ao mistério dos astros provocando um real e inconfundível encantamento!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

APRENDI CONTIGO


APRENDI CONTIGO
Gracinda Calado

Contigo aprendi a viver e perdoar,
Nas horas de amarguras suportar.

Contigo aprendi consolar,
E todos os prantos enxugar.

Aprendi que só vence quem faz o bem,
Fazer alguém feliz sem ver a quem.

Aprendi a sorrir e chorar,
Esperar, pois tudo vai passar.

Contigo aprendi a sonhar,
Apreciar a luz da lua e o mar.

Aprendi que a vida foi feita para o amor,
Que o coração é um órgão enganador.

Aprendi a ler em teus lábios a solidão,
Ver no brilho de teus olhos louca paixão.

Escutar na tua voz muita emoção,
Entender o quanto ama um coração.

Aprendi não sentir medo na dor,
Contigo aprendi o que é o amor.

Contigo aprendi a ser feliz na solidão,
Ver nas pequenas coisas a perfeição.

Aprendi a respeitar o ‘meu irmão’.
Com todas as forças do meu coração.


terça-feira, 11 de novembro de 2008

LEMBRANÇAS PERDIDAS

LEMBRANÇAS PERDIDAS
Gracinda Calado

Quantas lembranças perdidas,
Naquele chão de outrora,
Entre flores e borboletas
No jardim da praça da aurora.

O vento frio fagueiro, passava sem compaixão
Levando o suave perfume que saía dos jasmins,
Levava para bem longe juras eternas, paixão.

Tudo passou tão ligeiro,
Sentada ainda te espero,
Ouvindo o vento chorar,
A falta daquele amor verdadeiro.


O céu é um grande tapete estrelado,
Onde se escondem nossas recordações,
Minhas lágrimas e tuas lembranças,
Doces e antigas emoções.

Já não existem mais para mim
Saudades frias e eternas;
Lá no céu um dia brincaremos,
Com os anjos e as estrelas celestes,
Para matar as saudades que tentam matar a gente.

LEMBRANÇAS PERDIDAS

LEMBRANÇAS PERDIDAS
Gracinda Calado

Quantas lembranças perdidas,
Naquele chão de outrora,
Entre flores e borboletas
No jardim da praça da aurora.

O vento frio fagueiro, passava sem compaixão
Levando o suave perfume que saía dos jasmins,
Levava para bem longe juras eternas, paixão.

Tudo passou tão ligeiro,
Sentada ainda te espero,
Ouvindo o vento chorar,
A falta daquele amor verdadeiro.


O céu é um grande tapete estrelado,
Onde se escondem nossas recordações,
Minhas lágrimas e tuas lembranças,
Doces e antigas emoções.

Já não existem mais para mim
Saudades frias e eternas;
Lá no céu um dia brincaremos,
Com os anjos e as estrelas celestes,
Para matar as saudades que tentam matar a gente.

sábado, 8 de novembro de 2008

A DESPEDIDA


A DESPEDIDA
Gracinda Calado

Meu doce olhar de ternura
Procura o teu docemente,
Vejo-te partir e já te sinto ausente.
Quem poderá tirar-me dessa amargura...

As tuas mãos estão trêmulas sem forças.
E o meu olhar já não encontra o teu,
É fuga para não ver tua partida.
Que medo é este que me devora?

É a tua ausência, silêncio da hora.
Tuas mãos estão frias e suadas,
As minhas, perderam a força e a cor,
E o teu sorriso amarelo se espalha,
Na voz do meu falar “que te espero”.

No momento da partida, não quero,
Ver-te sair por ali, naquela porta.
Sonho contigo um dia chegando,
E o meu sonho se realizando.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A LÁGRIMA


A LÁGRIMA
Gracinda Calado

Quando uma lágrima cai
É o sentimento que sai
Devorando todo o peito.

A lágrima tem gosto de sal,
Tem cheiro e cor natural
Tem brilho de cristal.

A lágrima é muito quente,
Parece com dor de repente,
Saída do fundo da alma.

Água pura e cristalina,
Acaba qualquer rotina,
Lava o peito e a solidão.

Quem me ensinou a chorar,
Foi você, fui eu, foi a dor,
Que machuca um coração,
Que sofre por demais amar.

Meus olhos não choram mais,
Secaram, perderam a cor,
Meus olhos se cansaram
De chorar por teu amor.

Amor bandido escondido,
Amor de várias maneiras
Rios de lágrimas abafadas,
Correntes abandonadas.

Lágrima pérola quente,
Que brota do fundo do peito
São como lágrimas dos anjos,
São paixões sem defeitos.