segunda-feira, 30 de junho de 2008


POR QUE...

Gracinda Calado

Sofremos muito quando perdemos um amigo,
Por que não lhe dizemos adeus na sua partida?
Por que não acreditamos no amor quando ele se vai?
Perdemos tantas ocasiões! Momentos perdidos, esquecidos...

Por que demoramos tanto para curar as feridas do coração?
Não devemos brincar com a nossa emoção.
Por que colhemos flores se não as plantamos?
As flores enfeitam e perfumam nossas vidas.

Por que não abrimos a porta da felicidade,
Se ela está tão perto de nós?
Por que não corremos atrás da luz,
Será que somos cegos na escuridão?

Por que não realizamos nossos projetos,
Se os guardamos no nosso coração?
Por que não contar com amigos nas horas de decisões?
São eles que nos consolam em algumas ocasiões.

Se o nosso fardo é leve, por que não carregá-lo em nossas costas?
Conduzimos todos eles com o peso que a vida nos oferece.
Por que fugir das dores se o nosso corpo sabe onde dói?
E se a dor é moral só há um remédio é sair do jugo do mal...

domingo, 29 de junho de 2008

O TANGO


O TANGO
Gracinda Calado

“O tango é um coração nervoso de ansiedade.”
É melodia de dor e de saudade, de mágoas e
De abandono, de ciúme e de pecado.”

Ao ouvir esta música, este tango,
Que sobe até aos céus como outrora,
Lembro-me de você meu pai,
Que gostava tanto de história.

Sei o quanto você queria ouvir
La Comparsita ou Mano a Mano
Eram suas músicas preferidas.

Seus olhos brilhavam ouvindo um tango,
A música subia consigo ao céu,
No bandoneon de um menestrel.

Sua face enrubescia
Sua história aflorava,
Em doces harmonias.
Seu passado já não era distante
Com as saudosas melodias.
Suas lembranças eram vivas,
Seus momentos renasciam.
Esta música lembrava,
Suas dores e seus prantos,
Sua história e suas glórias,
No país dos seus encantos.


Na fronteira do Brasil,
Na Argentina você vivia
A embalar seus devaneios.
Toca tango, tango toca...
Nos salões de antigamente,
Nas noites de muito frio,
Nas madrugadas serenas
Nos salões do ‘Caminito’
Um tango triste toca!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

A RUA , A PRAÇA, O JARDIM


A RUA, A PRAÇA, O JARDIM

Gracinda Calado

Passo na rua da minha cidade,
Meus pés caminham encharcados pelo orvalho da noite que passou.
Atravesso a praça dos amores, que outrora eu vinha
Declarar minha paixão e meu amor.
Ainda ouço a música que toca verdadeira, igual àquela que
Em outras ocasiões tocou.

A grama molhada deu-me a impressão
Que as lágrimas da noite foram derramadas na madrugada.
Um raio de sol surge alimentando a alma da gente.
Uma flor se abre no jardim da praça, tão alva como algodão.
As pessoas passam como sem dar atenção,
Que ali uma história aconteceu outrora com alguém.

Tento sorrir, tento chorar com minhas lembranças,
Em vão soluço o pranto que já se foi...
Minha alma chora calada resistente, acalantada,
Ao ouvir plangentes violões na rua da esperança.
Um toque, um sinal, no sino da igreja diz:
É hora de rezar, orar ao Menino-Jesus.

Não sei onde ficaram as lembranças
De um passado bom e bem feliz,
Onde se escondem as recordações e saudades,
Da linda história de amor que um dia acabou,
Sem nenhum sinal, sem despedida, nem beijos,
Sem uma palavra, sem emoção, sem desejos.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

NA FLOR DA PELE


NA FLOR DA PELE
Gracinda Calado

Na flor da pele um arrepio,
Na flor da pele um perfume,
Na flor da pele um gosto macio.

Um arrepio de teus beijos,
Um perfume de teu corpo,
Um gosto macio de teu suor.

Na flor da pele os desejos,
Na flor da pele o teu sangue,
Na flor da pele os teus beijos,

Um desejo de te abraçar,
Sentir teu sangue pulsar,
Na volúpia de teu amor.

Na flor da pele a ilusão,
Na flor da pele a emoção,
Na flor da pele a paixão.

A ilusão de saber teus sonhos,
A emoção de teus beijos quentes
A paixão de uma noite feliz.

Na flor da pele a tatuagem do teu amor,
Na flor da pele a minha grande emoção,
Na flor da pele a história do nosso amor.

ANUNCIAÇÃO DE MARIA.


ANUNCIAÇÃO DE MARIA
Lucas cap.1º

Maria a predestinada,
Tão pura quanto uma flor,
Foi assim anunciada
Da vinda do Salvador.

Gabriel disse a Maria:
“Tu darás um filho à luz,”
Nascerá na estrebaria,
Seu nome será Jesus”.

Maria pôs-se a tremer
E disse ao Anjo: “Essa não!
Como posso conceber
Se não conheço varão?”

Depois, ela concordou
E o seu receio debela:
“Eis a serva do Senhor...”
E o Anjo afastou-se dela.

A futura mãe Maria,
Foi a Judá na montanha
E disse a prima que havia
Um bebê na sua entranha.

E naquela ocasião
A criança estremeceu
Com grande satisfação
No divino ventre seu.

“Tens um tesouro, Maria,”
Nesse teu ventre divino,
Vens trazer-nos alegria,
És a mãe do Deus-Menino”.

E Maria ali ficou
Três meses com sua prima
Até que Isabel descansou,
Tal qual a escritura ensina.

Sem festa, sem parabéns,
Com seus pais, José e Maria,
Cristo nasceu em Belém,
Vaca, boi na estrebaria.

De grandes olhos azuis, Pele clara, olhar sereno,

eis o perfil de Jesus,
O meigo e bom Nazareno.

terça-feira, 24 de junho de 2008

O SILÊNCIO




O SILÊNCIO
Gracinda Calado

O silencio às vezes fala mais que a voz.
Silencio da noite em comunhão com a lua e as estrelas, criaturas solitárias e atraentes.
Silencio do mar em dias de calmaria, levando vida para milhões de seres que nele habitam.
Silencio de um coração amargurado, sofrido, que em seu interior não encontra respostas às suas angustias.
Silencio dos navegantes das caladas da noite rumo ao desconhecido.
Silencio dos anjos, no céu dos namorados, apaixonados, plenos de emoções.
Silencio das madrugadas, nas ruas das cidades, enquanto os homens dormem.
Silencio dos corações atormentados de saudades infinitas.
Silencio das grandes cavernas testemunhas secretas e insondáveis dos habitantes do fundo da terra.
Silencio das noites de vigílias dos viajantes e peregrinos das estradas.
Silencio no fundo de um coração partido e amargurado, vítima das decepções de amor.
Silencio na alma, silencio na mata, silencio no céu, silencio no mar, silencio no ar,
Silencio na voz do vento com vontade de falar...silencio no fundo dos abismos...
Silencio nos corações!

segunda-feira, 23 de junho de 2008


OS DESCONHECIDOS
Gracinda Calado

Eles estão chegando.
Como quem não quer ‘querendo,’ se aproximam com olhos e coração.
Na nossa pequena visão o que eles querem é o nosso cérebro pensador.
Ou será o nosso coração! A nossa alma! O nosso amor!
Estamos bem pertinho de um encontro casual.
Alguns dizem que eles estão em toda parte, entre nós o dia inteiro.
Outros dizem que não estão, que tudo é pura ilusão.
Só sei que o nosso planeta é cobiçado, assim como cobiçamos os outros.
Já descobrimos a Lua, Marte estamos chegando, por que os outros não podem chegar?
Eles estão de longe nos vendo, em todos os sentidos, pois ainda não é tempo de chegar.
O que iremos fazer com eles? Serão nossos amigos ou inimigos?
Seremos seus parceiros nas pesquisas...de outros mundos...primeiro mundo, ou mundos insondáveis, indefinidos mundos fantasmas, com experiências mágicas, e estranhas criaturas. Lindos lunáticos ou marcianos, robôs, extraterrestres muito estranhos e muito feios...
Um dia decifraremos esses mistérios, hoje insondáveis e ocultos para todos nós.
O que sabemos é que temos que cuidar do que é nosso antes que outros cheguem e tomem tudo, pois não temos cuidado bem do nosso planeta!

domingo, 22 de junho de 2008

PENSE EM MIM


PENSE EM MIM
Gracinda Calado

Ao ouvir esta música pense em mim.
Pense em mim quando a chuva cair devagar.
Quando o orvalho da noite molhar teus lábios sedentos de beijos.
Pense em mim ao passar pela igreja, pois foi lá que um dia eu disse o sim.
Pense em mim,
Quando a lua sair de dentro do mar como uma grande bola vermelha,
Anunciando ao mundo a grandeza do Criador.
Pense em mim ao ver uma flor se abrir como um sorriso de uma criança.
Pense em mim,
Na longa estrada empoeirada marcada pelas andanças do nosso caminho.
Pense em mim quando a lua surgir desconfiada e as estrelas piscarem seus olhos de cristal sobre a terra.
Pense em mim,
Na escuridão da noite, quando o seu manto se espalhar pela imensidão do céu.
Pense em mim quando seu coração bater acelerado sentindo minha falta.
Pense em nós, nos dias felizes que vivemos juntos, abençoados por Deus.
Pense em mim,
Ao ouvir o canto mavioso dos pássaros na sua janela ao amanhecer.
Pense muito em mim, meu amor, eu estarei eternamente pensando em você, e lá do céu os anjos cantarão de alegria por nós dois.

sábado, 21 de junho de 2008

AMPLIDÃO DA NOITE


AMPLIDÃO DA NOITE
Gracinda Calado

Ao longe um ponto luminoso.
Raios de luar amenizam a escuridão.
No céu a lua chega devagar se mostrando toda nua.
Os seus raios insinuantes tocam toda a terra.
Um vento misterioso passa e arrasta a névoa que se esconde entre os rochedos.
Noite de tristeza e solidão, na praia solitária dos amores.
As estrelas cintilam docemente como pingos de luzes no infinito.
Assim é a amplidão da noite na minha cidade.
Casais de namorados embriagados de amor passeiam nessa noite fria.
Um apito vem lá do cais anunciando uma partida ou uma chegada.
Um veleiro passa ligeiro como uma borboleta seguindo a rota da luz.
Na amplidão da noite vultos passeiam para sentir a brisa gostosa do mar.
O mar, velho companheiro das solidões noturnas, testemunha fiel dos namorados,
Amantes do silencio da noite e do frescor do vento, silencia.
Horas são passadas na penumbra da lua, esperando a vez primeira de seus amores,
E dos seus encantos e paixões.
Horas são roubadas ao lado dos amores.
Horas são alimentadas de beijos e de desejos ouvindo a música das ondas.
Meia-noite, já é hora de voltar e de dormir.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

REFLEXÃO SOBRE A MORTE


REFLEXÃO SOBRE A MORTE.
( autor desconhecido)

Todos sabemos que nascemos, vivemos, morremos e que ninguém sabe de onde vem e muito menos para onde vai, mas há um porém, existir não é a mesma coisa de viver.
Os que simplesmente existem sofrem mais com a idéia da morte do que os que vivem a vida com um ideal.
Os que existem, vivem num mundinho deles preocupados apenas com o que é melhor para si.Já os que vivem têm um projeto de vida, não importa o tamanho da obra, mas acreditam que em se construindo algo positivo para a humanidade, como até mesmo uma simples família, solidificada no amor, liberta a alma para o elixir da vida.

A morte não é a velhice, pelo contrário, é um estado mental de potência para atravessarmos a vida com coragem, para encará-la. Na verdade quando estamos com medo, não adianta sofrermos aterrorizados antecipadamente. Nosso maior defeito ou erro ou pecado, é não cuidarmos da morte pessoalmente. Quando somos provocados, a ignoramos e tomamos nossa rotina rapidamente como fuga.É um erro viver enganando-a numa harmonia fabricada além do suportável.A morte é nossa irmã, e nossa companheira. Um dia iremos nos encontrar. Isto faz parte da vida!

quinta-feira, 19 de junho de 2008


ALÉM DO HORIZONTE
Gracinda Calado

Além do horizonte tento ouvir-te.
E de lá me vem o som da ave-maria.
De lá passeia um vento frio,
Anunciando a noite que chegou.

Além do horizonte há muitas pessoas,
Como muitas já viveram antigamente,
Não mais sonharam o sonho dos viventes.
Voam no espaço calmamente.

Além do horizonte um grande sino toca,
Chamando almas cativas para a reza,
E o som distante, suavemente invoca,
Doce murmúrio canto mágico de Deus.

Além do horizonte um pássaro surge,
Batendo as grandes asas da felicidade,
Tento esquecer-te em vão, meu Deus!
Saudades infinitas dos carinhos teus.

Olhando o infinito do horizonte
Tento esquecer-te no pensamento,
As marcas tristes da saudade tua
Na solidão me vingo e me alimento.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

BUSCO-ME EM TI


BUSCO-ME EM TI
Gracinda Calado

Viver sem ti é angústia e solidão!
Busco-me em ti a toda hora. Refaço-me na tua beleza e na luz que tu emanas em noites de primaveras.
É como o cheiro que vem do mar o teu sorriso e o teu suor.
Em vão te busco nessa noite fria de primavera.
Ainda resta-me um cantar, uma saudade tua.
Ó noites de tempestades delirantes quando não te encontro.
Nem por um instante vejo os olhos teus.
Se não fosse os meus versos eu daria adeus a essa procura delirante.
Não suportaria viver assim à margem do caminho.
Sinto-te na brisa leve que sopra do infinito e passa devagar como quem não quer ir embora.
Assim é o teu espírito sedento de minha alma.
Busco-te sem parar para buscar-me enfim.
Acho-me nas estrelas e no luar, ouço-te no eco da noite quando tu soltas o teu grito querendo voltar.
Agora é tarde meu amor, pois acho-me nas partidas e nas chegadas em plena aurora de nossas vidas.
Procuro ocupar meu cérebro com outras coisas e minha alma cala-se do tormento, da agonia de me procurar em ti.
Enfim busco-me em ti e não me encontro!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

AGRADEÇA A DEUS.


AGRADEÇA A DEUS.
Gracinda Calado

Agradeça a Deus pela noite que passou, pelo dia que está nascendo.
Olhe-se no espelho e sorria, porque você está viva, com saúde, e é bela.
Você que a todos encanta não pode ficar triste.
Alimente a sua alma com o amor que nasce no seu coração.
Hoje é o seu dia de comemorar a vida, cantar as belezas e glorificar ao criador.
Lave sua alma das impurezas e dos maus sentimentos, das amarguras que desbotam sua luz.
Lave as sujeiras que atrapalham sua visão cósmica do mundo, seu modo de ver a vida.
Não deixe que as pequenas coisas acontecidas no passado estraguem o seu dia de hoje.
Sorria para o espelho, converse com ele como se fosse você mesma.
Diga palavras doces e amáveis, como amor, felicidade, saudade, alegria.
Proteja-se dos males e adore a vida como se ela fosse a coisa mais sagrada deste mundo.
Ela lhe pertence linda e bela como um raio de sol no amanhecer do dia.
Erga a cabeça e dê a volta por cima. Renove-se.
Saia por aí cantando suas vitórias, proporcione ao seu coração esta alegria.
E aos outros que circulam aos seu redor abrace-os com muito amor, hoje será o dia mais feliz da sua vida!

domingo, 15 de junho de 2008

A NOSSA HISTÓRIA SE REPETE.


A NOSSA HISTÓRIA SE REPETE.
Gracinda Calado

Nascemos da semente de um amor imenso. Somos lançados ao mundo com a força do universo.
Na nossa infância, aprendemos tudo, na adolescência somos estagiários do destino.
Chegamos a idade adulta com toda vitalidade, força de vontade e muita criatividade.
Constituímos família, formamos um novo lar.
Quantas esperanças alimentamos em nossa alma, de nossos filhos, de nosso companheiro, de nossos amigos, aqueles que compartilham conosco nossas vidas...
Tudo é tão natural, tudo é tão repetido em nossas vidas.
Como foram as vidas de nossos pais, de nossos amigos, de nossos filhos, as nossa vidas...
Se formos pensar nisso, não faremos nada para sermos felizes.
O que faremos para que tudo seja diferente?
A nossa história como de todos, começa quando nós descobrimos o valor da vida e o por que estamos aqui. O mistério da vida existe no coração do homem e não podemos perder essa oportunidade de descobri-lo. Deus na sua infinita sabedoria deu-nos inteligência, virtudes, capacidade de discernimento, livre arbítrio e serenidade.
Nossa vida é nossa, se não ficamos imitando tudo o que os outros fazem ou deixam de fazer. Nossa vida é contada pela nossa história, pelos caminhos que fazemos ao longo de nossa existência. Cada pessoa faz o seu caminho, cada um faz a sua história. Depende de nós sabermos fazer uma história bonita, ou feia, uma história triste ou alegre, uma feliz ou infeliz. Um dia seremos os próprios leitores de nossa própria história!

sábado, 14 de junho de 2008

MÊS DE JUNHO


MÊS DE JUNHO
Gracinda Calado

Mês de Junho, mês de balões e de muita animação.
Mês dos folguedos e das fogueiras de são João e são Pedro.
É o mês em que o céu se enfeita para festejar os santos amigos de Jesus.
As chuvas caem mais brandas e ligeiras.
As noites são mais frias e convidam para o aquecimento nas fogueiras.
No interior do Nordeste usam muitas adivinhações para arranjar casamentos com as bênçãos de Santo Antonio e dos santos deste mês.
Em todas as cidades do interior as festas são animadas com as quadrilhas, os forrós e as brincadeiras alegres próprias de cada região.
No ar um cheiro de cravo, canela, erva-doce e gengibre se espalha no ar pela confecção dos bolos e dos pés-de-moleques saborosos nas barracas dos terreiros das igrejas nas novenas.
Muitos namoros acabados, muitos arranjados, muitos casamentos realizados e muitos comprometidos para o próximo ano.
Mês de junho deixa saudades pelos seus folguedos e suas brincadeiras ao redor das fogueiras nas noites frias.
A principal bebida é o aluá herança de nossos antepassados colonizadores, índios e negros, que com muito amor nos deram suas artes e suas culturas.

MEU AMIGO!
Gracinda Calado

Colhi para ti flores perfumadas,
Do lindo jardim, real perfume,
Para esconder do meu peito o ciúme.

Que elas te tragam boa sorte,
Futuro e bons augúrios, felicidade,
Saúde, muita paz e amizade.

Não chore, olhe estas flores,
Elas dizem tudo e fala de amores,
São lindas, alegres e multicores!

São perfumadas, vermelhas e viçosas!
Cheias de carinho, paixão e saudades,
Parecem contigo e comigo, estas rosas.

Que estas flores lembrem os amores,
Desejo ardente, saudade e paixão,
Que aumente sempre tua felicidade.

Que elas representem o amor,
Aquele que juramos juntos
Entre nós dois nunca morrer de dor.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

A OUTRA FACE



A OUTRA FACE



Gracinda Calado



Todos nós temos duas faces. Uma diz sim a outra diz não.


Uma pensa correto, verdadeiro, a outra deixa falar o coração.


Uma tem a santidade, a outra a infelicidade.


Nem sempre estamos na luz do espelho.


Às vezes somos a sombra, a escuridão.


Momentos tristes, momentos de rara beleza,


Momentos alegres em paz com a natureza.


Às vezes digo sim outras eu digo não,


Vivemos sempre assim enganando a nós mesmas,


Nesse mundo de meu Deus, nossa divina pureza...


Numa face olho o espelho, na outra o espelho me olha.


Nossa razão é madrasta, nossa alma é santinha,


O mistério está aqui dentro de nós,


Misturamos sentimentos com saudade e poesia.


Minha face verdadeira gosta muito de mim,


A outra é traiçoeira, ingrata, aventureira...


Um lado do espelho zela por mim e mostra a minha cara


O outro me reprova, me agride e me encara.


As duas faces são uma só, verdades, mentiras,


Amores e paixões, desamores e ilusões!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

HOJE EU QUERO...


HOJE EU QUERO...
Gracinda Calado


Hoje eu quero fazer tudo diferente...
Soltar meus cabelos ao vento,
Usar o batom escarlate,
Vestir vermelho dourado
Sapato cor de tomate!

Sair cantando, soluçando,
De felicidade verdadeira,
Sem dar confiança para ninguém,
Quem de mim se incomodar,
Porque eu só faço besteira...

Sairei por aí sem destino,
Sem traçar rumo ou direção,
Sairei de encontro ao vento,
E a ninguém dar satisfação,
Pois assim serei feliz!

O que vale é o coração,
Não vale a cor, a solidão,
Não vale ter ouro ou riquezas
Pois com a morte findarão,
Só levarei as saudades
Que moram no meu coração!

quarta-feira, 11 de junho de 2008


A MULHER DE HOJE.
Gracinda Calado

O que se passa no coração de uma mulher não se sabe, tudo é mistérios ilusão.
Quando ela diz que ama, ela foge pra longe, desaparece na escuridão de um adeus.
Seus olhos brilham quando querem demonstrar paixão e queimam quando demonstram amor.


A mulher é complicada e às vezes não deixa transparecer seu interior.
Quando gosta não quer demonstrar e quando não gosta diz que está tudo bem.
Ela conquista pelo andar, pelo olhar, e despreza a virtude, a solicitude.
Quando ela ama de verdade chora de amor e se sente dona da situação.
É possuidora, autoritária, ciumenta...


Quando ela é amiga dá tudo de si por alguém e defende a pessoa com garra, e muita coragem.
Sua arma é a conquista, a sedução.
Mulher sem coração, destruidora de paixões, alma cheia de ilusões.
Sexo frágil, coração forte sem medos e sem segredos.
Mulher é bicho esquisito, confia desconfiando, crer somente no que vê, acredita no que está escrito...Por que será que ela é assim?

Talvez porque confiou demais nos homens e foi enganada, traída, maltratada...
Porque acreditou na sua palavra e se deixou levar pela ilusão do amor.
Talvez tenha se decepcionado bastante com algumas atitudes do seu amado.
Apesar de tudo é ao homem que ela entrega a sua vida, o seu amor, daí ela ser o sexo frágil.
O que temos certeza é que o homem não vive sem a mulher!

terça-feira, 3 de junho de 2008

PÉROLAS


PÉROLAS (meus netos)
Gracinda Calado

Pérolas eu as tenho sempre,
Quando me encontro com um amigo,
Quando falo de amores, quando canto uma canção.
Quando faço versos alegres, para alegrar corações.
Pérolas são estes teus olhos, que brilham todos os dias ao olhar os olhos meus.
Pérolas são teus desejos, teus beijos e os meus, são meus cabelos castanhos iguais aos teus.
Pérolas eu as busco no fundo do mar, quando vejo uma estrela perdida, vou ao encontro buscar.
Minhas jóias são saudades, são lembranças sinceras dos dias felizes vividos, em pleno mês de abril.
Minhas jóias são as pérolas que te dei, são meus filhos, que também são teus.
No fundo do mar sagrado, existem jóias raras, amizades de amigos, de amores, de senhores que deixaram lá guardadas por amores que morreram.
Não é o meu caso e o teu, pois nosso amor nunca morreu, apenas criou asas e voou para além dos olhos meus.
Um dia vou te encontrar e minhas pérolas buscar para o teu corpo enfeitar.
Então te entregarei a pérola que mais procuravas, sou eu!

segunda-feira, 2 de junho de 2008


REFLEXÃO DE AMOR
Gracinda Calado


O amor é um sentimento que está vivo dentro de nós!
Para cada coisa que aprendemos, uma nova forma de ver a vida é despertada em nós.
O universo acompanha toda nossa vontade de viver.
Somos perfeitos como o nascer do sol sobre os campos floridos em dias de primaveras.
Somos indispensáveis como o ar que respiramos.
Deus não nos tirou da escuridão, pois somos luz de sua criação!
Nunca estaremos sós, pois temos sua companhia a vida inteira.
O que nos move é a Sua sabedoria e o seu amor.
O desejo de nos ver na beleza e na graça de sua plenitude.
O seu amor por nós é tão grande quanto o universo!
Creiamos no silêncio para sentirmos as vibrações divinas.
No amor aprendamos a amar a vida que está em cada partícula do universo.
Creiamos no amor que é fonte de vida imortal e está dentro de todos nós.
Em cada canto, uma flor que nasce, uma estrela que brilha no céu, uma luz que se acende em nosso coração.
Creiamos na paz que vem do alto e contagia o universo!

domingo, 1 de junho de 2008

CORAÇÃO DESAJEITADO


CORAÇÃO DESAJEITADO
Gracinda Calado

Ó coração desajeitado!
Diz pra mim, por favor,
O que tens preparado pra mim
Já estou cansada de por ti esperar.

Os meus segredos, teus cuidados,
Guardas com muito carinho
Pois só a ti eu confio
Como se fosse meu ninho.

Onde anda a felicidade
Que um dia prometeste
Entregar-me por inteira,
Neste vale de lágrimas?

Tenho te tratado muito bem,
A ti declarei meu amor,
Por que não me tratas também?
Ó coração triste sofredor!

Coração partido, sem dor,
Sangue do meu sangue querido,
Músculo forte autoritário
Bates forte com muito amor.


Por que não curas as feridas
Do meu corpo pensador?
Cuide das minhas alegrias,
Das minhas saudades também,
Serei sempre agradecida
Nessa terra de ninguém.

Ó coração grato, justiceiro
Desde a minha infância,
Sempre foste companheiro.
Nos dias de luz e carinho,
Dias de sol e de chuva,
Sempre deste um jeitinho
De zelar por mim por inteiro.